Vou escrever esse texto
para que eu possa ter o consolo de encontrar alguém que partilhe dos mesmos
sentimentos que eu. Dia 5 setembro completei 22 anos de vida e essa idade, pelo
menos para mim, mostra que, definitivamente, deixei de ser um adolescente e
que, obrigatoriamente, preciso ser maduro o suficiente para encarar os causos
da vida. A grande questão é que não me sinto pronto. Com a certeza de que por
mais que Chris esteja certo, Rochelle sempre o condenará culpado, afirmo essa
sentença pessoal.
É provável que eu já
tenha falado sobre esse assunto em algum texto antigo. Naquela época eram
apenas projeções, e “pá!”, o amanhã já é o hoje abrindo o incompreensível
questionamento: como lidar?
São várias questões
entrelaçadas formando um novelo de lã que as vezes cheira mal. Bem mal, por
sinal.
Exemplo 1:
CONVERSAS. Nas rodas de
conversas dos adultos, crianças não tinham vez. E ainda não tem, o que hoje
entendo ser bem justo. Você sendo um adulto com vinte e tantos anos, em uma
conversa sobre um assunto qualquer, as pessoas te encaram esperando uma opinião
‘encaixotada’ sua. É então a hora de arregalar os olhos e gaguejar, e isso não
é uma atitude decididamente planejada. Acontece.
Exemplo 2:
BOLETOS. Ah, os boletos!
Vocês entenderam... fim.
Exemplo 3:
PROFISSÃO. Se não for a
principal preocupação das pessoas com vinte e tantos anos, é uma das maiores.
Escolher o curso errado, optar por um trabalho que não atenda às necessidades
financeiras em sua totalidade. São várias nuvens cheias de pensamentos dançando
180, 180, 360 do Israel Novaes na sua cabeça. Sim, eu sei que tem. (Eu juro que
ri, fui longe demais).
Exemplo 4:
CASAMENTO. No momento em
que todos os teus amigos vão casando, as pessoas ao redor começam a te ver como
um alvo.
— E você, quando vai
casar? — perguntam com a cara em cima da tua, sem ao menos piscar, esperando
uma resposta que talvez possa mudar suas vidas; quando, na verdade, a única
pessoa envolvida de fato neste evento é você. Bem, você e o seu cônjuge.
A resposta sempre é
bem-educada, mas o que sai da boca não chega nem perto do que passa na sua
cabeça. Ei, eu sei como é, nem vem querer dizer que não.
Exemplo 5:
BENS. A conquista da casa
própria e do carro dos sonhos sempre foi desejo de todos. Nos dias de hoje é
possível perceber certas características destoando de um padrão que vem
perdendo força. Não existe somente a vontade de construir uma “vida”. Junto disso
há uma vontade que toma de conta dos “vintões” (pareceu aqueles tiozões), que
se chama INDEPENDÊNCIA.
Eu poderia descrever
incomensuráveis questões que permeiam o pensamento da juventude no qual eu faço
parte. Mas, como já havia dito no começo do texto, espero que mais pessoas
pensem igual a mim. Desta forma, minha mente abrandece e entende que tudo é
normal. Ou pelo menos deveria ser.
Se tiver algo aqui que te
incomoda, comenta aqui em baixo. Vamos conversar... Até a próxima!