segunda-feira, 25 de abril de 2016

SOLIDARIEDADE (Corrente Solidária + Entrevista com Taynara Souza)

Não existe um termo específico que caracterize a palavra SOLIDARIEDADE. Bondade, cuidado, caráter, índole, amor, compromisso, companheirismo, ajuda, irmandade, caridade... Todas estas palavras podem ser corretamente usadas. É fácil discorrer inúmeros parágrafos com sinônimos para algo mais que necessário na sociedade de hoje. Mas, infelizmente, o fato de ser essencial não o transforma em realidade, pelo menos não em grande maioria.

A disparidade das condições de vida que as pessoas levam ainda é gritante. Uma grande parte com pouco, outra com excessos. Uma sociedade deficiente, que prefere não enxergar a vulnerabilidade de muitos. “Fome” parece ser assunto do início dos anos 2000, mas é tão comum quanto naquela época. E não precisamos ir tão longe, como na África, por exemplo. Você já parou pra pensar que talvez, quem sabe, o seu vizinho pode estar passando por maus bocados? E aquele parente que mora em outro bairro, tem notícias dele?
 - Mas Weiller, eu sempre dou moedas para moradores de rua, principalmente aqueles que ficam nas portas das lojas, como aquele senhor que sempre está em frente o Paraíba Magazine.

Certo, mas só tenho uma pergunta para lhe fazer: você já parou pra desejar pelo menos um bom dia? Uma palavra de ânimo, um simples olhar...? O alimento sustenta o corpo físico, mas e a alma, o coração...?

Taynara Souza, uma jovem de 20 anos, sentindo a necessidade de fazer algo pelas pessoas carentes e vulneráveis em Marabá, transformou seu desejo em algo maior, algo que começou a envolver mais pessoas no intuito de ajudar o próximo. Foi então que com amigos e conhecidos a marabaense fundou o grupo Corrente Solidária. Como ela mesma diz, o objetivo é ajudar sem firmar compromisso com religião, políticos, empresas ou troca de divulgação.

Com uma organização impecável, todas as famílias ajudadas são cadastradas para que se possa ter um controle, assim como nos programas do governo. As reuniões para discutir os dias das ações geralmente são feitas uma vez por semana. A cada dia que se passa o número de pessoas interessadas em ajudar cresce. Não só uma forma de contribuir com a sociedade marabaense, o Corrente Solidária é uma forma de transformar pessoas normais em cidadãos solidários.
 - Me diga, Weiller, com conheceu todo esse projeto?

Jhulia Braina, uma amiga que conheço desde quando me entendo por gente nesse mundo, me enviou uma mensagem perguntando se eu teria roupas para doar. Curioso, questionei sobre o que se tratava e, a partir daí, iniciamos uma longa conversa. Ela me apresentou o Corrente Solidária. Não só pelo fato de estar concluindo serviço social, mas me senti na necessidade de fazer parte e somar com todas as outras pessoas do grupo. A página oficial no Facebook é o veículo que informa a sociedade das ações e de como ajudar indiretamente. 




Parte do grupo em uma ação


Ação de Páscoa


A seguir, uma entrevista com Taynara. Ela, melhor que ninguém, pode explicar melhor sobre o grupo.

Psicologicamente: Como e quando surgiu o grupo?

Taynara Souza: O Corrente Solidária surgiu oficialmente no dia 29/02/2016 quando conheci duas pessoas no qual me fizeram criar o grupo. Pois até então eu realizava as ações sozinha, de maneira individual.

Psicologicamente: Qual motivo levou você a tomar a iniciativa?

Taynara Souza: O que me levou a tomar essa atitude foi ver tantas pessoas vivendo situações difíceis, sendo que eu sabia que tinha como ajudar de alguma forma. Inicialmente comecei fazendo ações pequenas com o grupo de jovens da igreja católica do Novo Horizonte, o Segue-me. Fizemos ações no Lar São Vicente de Paulo, sopão solidário... Porém, eu queria mais,queria ajudar mais e comecei a realizar ações.

Psicologicamente: Há quanto tempo vocês estão juntos nesse trabalho?

Taynara Souza: Temos pouco tempo juntos no Corrente Solidária,  mas já fizemos grandes ações na cidade em prol de nossas famílias carentes.Já beneficiamos mais de 700 pessoas nesses dois meses de atuação.

Psicologicamente: Quantas pessoas estão envolvidas?

Taynara Souza: O grupo hoje tem cerca de 90 integrantes, mas nem todos estão ativos diretamente. Podemos então dizer que temos cerca de 50 amigos solidários ativos.

Psicologicamente: Quais os tipos de atividades que o grupo tem exercido?

Taynara Souza: O grupo hoje vem atuando ativamente na cidade de Marabá, através do cadastro de famílias carentes o qual já temos mais de 100 famílias cadastradas, realizando caldos solidários, distribuição de cestas básicas, e buscando sempre dar o apoio que as famílias precisam, e de modo individual também.

Psicologicamente: De forma pessoal, como todo esse trabalho influencia sua vida?

Taynara Souza: Olha, a recompensa desse trabalho vêm em forma mais de sorrisos, olharese até mesmo lágrimas. É um enriquecimento da alma. Passei a valorizar mais o que eu tenho. É como diz a frase do grupo: “É na solidariedade que aprendemos grandes lições”. E eu posso dizer com plena certeza que a casa gesto simples eu aprendoe enriqueço mais a alma e cresço como pessoa também.


Que ajudar? Entre em contato comigo ou com Taynara pela página no Facebook. Seja solidário.  Afinal, com a solidariedade aprendemos grandes lições.

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2 comentários:

  1. Muito interessante esse post; era exatamente o que estava refletindo desde o dia em que aquela ciclovia quebrou e haviam dois mortos e as pessoas ao lado agindo como se nada tivesse acontecido; isso e algo muito extenso precisa haver maos amor na humidade; vemos a cada dia falta de compaixão; faltar de amor pelo próximo; as pessoas só estão vendo os seus problemas e suas dificuldades; ainda bem que existe pessoas ainda com projetos solidarios; muito boa a postagem

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