sábado, 16 de setembro de 2017

Os vinte e tantos



Vou escrever esse texto para que eu possa ter o consolo de encontrar alguém que partilhe dos mesmos sentimentos que eu. Dia 5 setembro completei 22 anos de vida e essa idade, pelo menos para mim, mostra que, definitivamente, deixei de ser um adolescente e que, obrigatoriamente, preciso ser maduro o suficiente para encarar os causos da vida. A grande questão é que não me sinto pronto. Com a certeza de que por mais que Chris esteja certo, Rochelle sempre o condenará culpado, afirmo essa sentença pessoal.
É provável que eu já tenha falado sobre esse assunto em algum texto antigo. Naquela época eram apenas projeções, e “pá!”, o amanhã já é o hoje abrindo o incompreensível questionamento: como lidar?
São várias questões entrelaçadas formando um novelo de lã que as vezes cheira mal. Bem mal, por sinal.

Exemplo 1:
CONVERSAS. Nas rodas de conversas dos adultos, crianças não tinham vez. E ainda não tem, o que hoje entendo ser bem justo. Você sendo um adulto com vinte e tantos anos, em uma conversa sobre um assunto qualquer, as pessoas te encaram esperando uma opinião ‘encaixotada’ sua. É então a hora de arregalar os olhos e gaguejar, e isso não é uma atitude decididamente planejada. Acontece.
Exemplo 2:
BOLETOS. Ah, os boletos! Vocês entenderam... fim.
Exemplo 3:
PROFISSÃO. Se não for a principal preocupação das pessoas com vinte e tantos anos, é uma das maiores. Escolher o curso errado, optar por um trabalho que não atenda às necessidades financeiras em sua totalidade. São várias nuvens cheias de pensamentos dançando 180, 180, 360 do Israel Novaes na sua cabeça. Sim, eu sei que tem. (Eu juro que ri, fui longe demais).
Exemplo 4:
CASAMENTO. No momento em que todos os teus amigos vão casando, as pessoas ao redor começam a te ver como um alvo.
— E você, quando vai casar? — perguntam com a cara em cima da tua, sem ao menos piscar, esperando uma resposta que talvez possa mudar suas vidas; quando, na verdade, a única pessoa envolvida de fato neste evento é você. Bem, você e o seu cônjuge.
A resposta sempre é bem-educada, mas o que sai da boca não chega nem perto do que passa na sua cabeça. Ei, eu sei como é, nem vem querer dizer que não.
Exemplo 5:
BENS. A conquista da casa própria e do carro dos sonhos sempre foi desejo de todos. Nos dias de hoje é possível perceber certas características destoando de um padrão que vem perdendo força. Não existe somente a vontade de construir uma “vida”. Junto disso há uma vontade que toma de conta dos “vintões” (pareceu aqueles tiozões), que se chama INDEPENDÊNCIA.
Eu poderia descrever incomensuráveis questões que permeiam o pensamento da juventude no qual eu faço parte. Mas, como já havia dito no começo do texto, espero que mais pessoas pensem igual a mim. Desta forma, minha mente abrandece e entende que tudo é normal. Ou pelo menos deveria ser.

Se tiver algo aqui que te incomoda, comenta aqui em baixo. Vamos conversar... Até a próxima!

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