
Não existe um termo específico que caracterize a
palavra SOLIDARIEDADE. Bondade, cuidado, caráter, índole, amor, compromisso,
companheirismo, ajuda, irmandade, caridade... Todas estas palavras podem ser
corretamente usadas. É fácil discorrer inúmeros parágrafos com sinônimos para
algo mais que necessário na sociedade de hoje. Mas, infelizmente, o fato de ser
essencial não o transforma em realidade, pelo menos não em grande maioria.
A disparidade das condições de vida que as pessoas levam
ainda é gritante. Uma grande parte com pouco, outra com excessos. Uma sociedade
deficiente, que prefere não enxergar a vulnerabilidade de muitos. “Fome” parece
ser assunto do início dos anos 2000, mas é tão comum quanto naquela época. E
não precisamos ir tão longe, como na África, por exemplo. Você já parou pra
pensar que talvez, quem sabe, o seu vizinho pode estar passando por maus
bocados? E aquele parente que mora em outro bairro, tem notícias dele?
- Mas Weiller, eu sempre dou moedas para moradores
de rua, principalmente aqueles que ficam nas portas das lojas, como aquele
senhor que sempre está em frente o Paraíba Magazine.
Certo, mas só tenho uma pergunta para lhe fazer:
você já parou pra desejar pelo menos um bom dia? Uma palavra de ânimo, um
simples olhar...? O alimento sustenta o corpo físico, mas e a alma, o
coração...?
Taynara Souza, uma jovem de 20 anos, sentindo a
necessidade de fazer algo pelas pessoas carentes e vulneráveis em Marabá, transformou
seu desejo em algo maior, algo que começou a envolver mais pessoas no intuito
de ajudar o próximo. Foi então que com amigos e conhecidos a marabaense fundou
o grupo Corrente Solidária. Como ela mesma diz, o objetivo é ajudar sem firmar
compromisso com religião, políticos, empresas ou troca de divulgação.

Com uma organização impecável, todas as famílias ajudadas
são cadastradas para que se possa ter um controle, assim como nos programas do governo.
As reuniões para discutir os dias das ações geralmente são feitas uma vez por
semana. A cada dia que se passa o número de pessoas interessadas em ajudar cresce.
Não só uma forma de contribuir com a sociedade marabaense, o Corrente Solidária
é uma forma de transformar pessoas normais em cidadãos solidários.
- Me diga, Weiller, com conheceu todo esse projeto?
Jhulia Braina, uma amiga que conheço desde quando
me entendo por gente nesse mundo, me enviou uma mensagem perguntando se eu
teria roupas para doar. Curioso, questionei sobre o que se tratava e, a partir
daí, iniciamos uma longa conversa. Ela me apresentou o Corrente Solidária. Não
só pelo fato de estar concluindo serviço social, mas me senti na necessidade de
fazer parte e somar com todas as outras pessoas do grupo. A página oficial no
Facebook é o veículo que informa a sociedade das ações e de como ajudar
indiretamente.
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Parte do grupo em uma ação |
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Ação de Páscoa |
A seguir, uma entrevista com Taynara. Ela, melhor
que ninguém, pode explicar melhor sobre o grupo.
Psicologicamente:
Como e quando surgiu o grupo?
Taynara
Souza: O Corrente Solidária surgiu oficialmente no dia 29/02/2016 quando
conheci duas pessoas no qual me fizeram criar o grupo. Pois até então eu
realizava as ações sozinha, de maneira individual.
Psicologicamente:
Qual motivo levou você a tomar a iniciativa?
Taynara
Souza: O que me levou a tomar essa atitude foi ver tantas pessoas vivendo
situações difíceis, sendo que eu sabia que tinha como ajudar de alguma forma.
Inicialmente comecei fazendo ações pequenas com o grupo de jovens da igreja
católica do Novo Horizonte, o Segue-me. Fizemos ações no Lar São Vicente de
Paulo, sopão solidário... Porém, eu queria mais,queria ajudar mais e comecei a
realizar ações.
Psicologicamente:
Há quanto tempo vocês estão juntos nesse trabalho?
Taynara
Souza: Temos pouco tempo juntos no Corrente Solidária, mas já fizemos grandes ações na cidade em
prol de nossas famílias carentes.Já beneficiamos mais de 700 pessoas nesses
dois meses de atuação.
Psicologicamente:
Quantas pessoas estão envolvidas?
Taynara
Souza: O grupo hoje tem cerca de 90 integrantes, mas nem todos estão ativos
diretamente. Podemos então dizer que temos cerca de 50 amigos solidários
ativos.
Psicologicamente:
Quais os tipos de atividades que o grupo tem exercido?
Taynara
Souza: O grupo hoje vem atuando ativamente na cidade de Marabá, através do
cadastro de famílias carentes o qual já temos mais de 100 famílias cadastradas,
realizando caldos solidários, distribuição de cestas básicas, e buscando sempre
dar o apoio que as famílias precisam, e de modo individual também.
Psicologicamente:
De forma pessoal, como todo esse trabalho influencia sua vida?
Taynara
Souza: Olha, a recompensa desse trabalho vêm em forma mais de sorrisos,
olharese até mesmo lágrimas. É um enriquecimento da alma. Passei a valorizar
mais o que eu tenho. É como diz a frase do grupo: “É na solidariedade que
aprendemos grandes lições”. E eu posso dizer com plena certeza que a casa gesto
simples eu aprendoe enriqueço mais a alma e cresço como pessoa também.
Que ajudar? Entre em contato comigo ou com Taynara
pela página no Facebook. Seja solidário. Afinal, com a solidariedade aprendemos grandes
lições.