terça-feira, 27 de março de 2018

DESABAFO CLÁSSICO


Talvez este seja um texto de desabafo clássico. Ou, quem sabe, seja um clichê que não deveria ser clichê.


Para começar, farei três perguntas e peço que responda para você mesmo:

1 – Quantas refeições você fez hoje?
2 – Você tem um smartphone, notebook ou tablet?
3 – Qual foi a última vez que você comprou uma roupa ou sapato?


Sou um futuro assistente social, concluindo o curso na Uniasselvi, instituição de ensino que funciona dentro da Faculdade Metropolitana. Tenho 22 anos e me identifico com todas as questões acima. Mas qual a razão disso? Bem, acredito que todo profissional, em qualquer área que seja, passará por uma situação que o deixará em estado de reflexão por pelo menos cinco minutos.

Ontem fui comprar uma tinta para meu quarto e, ao sair da loja, fui surpreendido por uma mulher. De início, como a maioria das pessoas fariam, a prejulguei: “deve ser para comprar bebida ou drogas”, pensei. Foi aí que o meu “eu profissional” entrou em cheque. Ela me contou que estava com R$50,00 e que precisava completar o dinheiro para comprar o gás. Peguei o dinheiro que estava ao meu alcance — R$2,00 — e a entreguei. Enquanto ela pegava o dinheiro da minha mão, seus olhos derramavam as mais puras lágrimas que já pude ver.

Uma das ferramentas mais usadas pelo profissional do serviço social é a entrevista. É ali, naquele primeiro contato, que é possível absorver todas as informações sobre uma determinada pessoa. E não conseguia entender o porquê de não ter feito isso com aquela mulher. Afinal, o que eu teria a perder? Ela já estava longe, mas gritei e a chamei. Depois de uma conversa curta percebi que aquilo não era cena e que aquele dinheiro não seria usado com coisas supérfluas — se é que me entendem.

Já parou para pensar que alguém que mora na mesma rua que você talvez esteja passando fome? E vou mais além: já pensou na hipótese de algum parente seu estar passando necessidade? Isso acontece, é real. E, se pode fazer algo, o que te impede de fazer? 

Graças ao meu bom Deus, nunca passei fome. Mas você consegue imaginar o quão devastador é para uma mãe ou para um pai não poder alimentar seus filhos? Eu tento imaginar, mas isso, com toda certeza, está anos luz da nossa imaginação.

Todos têm problemas, eu tenho problemas, meu amigo também. Mas existem situações piores que as nossas. Você pode ajudar. O QUE VAI FAZER?

sábado, 16 de setembro de 2017

Os vinte e tantos



Vou escrever esse texto para que eu possa ter o consolo de encontrar alguém que partilhe dos mesmos sentimentos que eu. Dia 5 setembro completei 22 anos de vida e essa idade, pelo menos para mim, mostra que, definitivamente, deixei de ser um adolescente e que, obrigatoriamente, preciso ser maduro o suficiente para encarar os causos da vida. A grande questão é que não me sinto pronto. Com a certeza de que por mais que Chris esteja certo, Rochelle sempre o condenará culpado, afirmo essa sentença pessoal.
É provável que eu já tenha falado sobre esse assunto em algum texto antigo. Naquela época eram apenas projeções, e “pá!”, o amanhã já é o hoje abrindo o incompreensível questionamento: como lidar?
São várias questões entrelaçadas formando um novelo de lã que as vezes cheira mal. Bem mal, por sinal.

Exemplo 1:
CONVERSAS. Nas rodas de conversas dos adultos, crianças não tinham vez. E ainda não tem, o que hoje entendo ser bem justo. Você sendo um adulto com vinte e tantos anos, em uma conversa sobre um assunto qualquer, as pessoas te encaram esperando uma opinião ‘encaixotada’ sua. É então a hora de arregalar os olhos e gaguejar, e isso não é uma atitude decididamente planejada. Acontece.
Exemplo 2:
BOLETOS. Ah, os boletos! Vocês entenderam... fim.
Exemplo 3:
PROFISSÃO. Se não for a principal preocupação das pessoas com vinte e tantos anos, é uma das maiores. Escolher o curso errado, optar por um trabalho que não atenda às necessidades financeiras em sua totalidade. São várias nuvens cheias de pensamentos dançando 180, 180, 360 do Israel Novaes na sua cabeça. Sim, eu sei que tem. (Eu juro que ri, fui longe demais).
Exemplo 4:
CASAMENTO. No momento em que todos os teus amigos vão casando, as pessoas ao redor começam a te ver como um alvo.
— E você, quando vai casar? — perguntam com a cara em cima da tua, sem ao menos piscar, esperando uma resposta que talvez possa mudar suas vidas; quando, na verdade, a única pessoa envolvida de fato neste evento é você. Bem, você e o seu cônjuge.
A resposta sempre é bem-educada, mas o que sai da boca não chega nem perto do que passa na sua cabeça. Ei, eu sei como é, nem vem querer dizer que não.
Exemplo 5:
BENS. A conquista da casa própria e do carro dos sonhos sempre foi desejo de todos. Nos dias de hoje é possível perceber certas características destoando de um padrão que vem perdendo força. Não existe somente a vontade de construir uma “vida”. Junto disso há uma vontade que toma de conta dos “vintões” (pareceu aqueles tiozões), que se chama INDEPENDÊNCIA.
Eu poderia descrever incomensuráveis questões que permeiam o pensamento da juventude no qual eu faço parte. Mas, como já havia dito no começo do texto, espero que mais pessoas pensem igual a mim. Desta forma, minha mente abrandece e entende que tudo é normal. Ou pelo menos deveria ser.

Se tiver algo aqui que te incomoda, comenta aqui em baixo. Vamos conversar... Até a próxima!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

ESTA É A MINHA HISTÓRIA DE POMBO-CORREIO

Tenho a leve impressão de ter sido a criança mais besta do mundo. Não no sentido de ser bobo, porque isso já é natural de toda criança (quase todas). Quando moleque, sempre fui certinho, corretinho em tudo que fazia. Isso ainda é muito vivo em mim, tem coisas que não faço porque acho que não devo fazer — mas muita gente faz. Coisas como pilotar a moto calçando um chinelo, ou sem capacete; dirigir na contramão; ficar com o troco errado do comércio, e outras diversas coisas dessa variável.

Não sei se isso acontece na família de outras pessoas, na minha todas as crianças são pombos-correios. Não no sentido de serem escravas e obrigadas a levar e trazer recados dos adultos. É aquela velha desculpa “está dois dias mais novo que eu”, e funciona. 

Esta é a minha história de pombo-correio. 

Não sei exatamente a idade correta, só sei que vivia a fase do andar sem camisa pela rua. Me vem à cabeça uma bermuda de cor amarelo queimado, não sei o porquê. A ordem de minha mãe era a de ir na casa da minha avó (mãezinha), que mora uma rua atrás da minha, e trazer farinha. Simples. Quer dizer, simples na teoria. 

Fui. 

— Benção, mãezinha? 
— Deus te abençoe! 
— Minha mãe mandou eu vir buscar farinha. 
— Tá em cima da mesa. Pega lá, meu filho. 

Peguei. Voltando... 

Na esquina da rua existia um comércio e, ao lado, uma carrada de areia. Ôh, carrada de areia, por quê? Num jogo de desequilíbrio das pernas, caí. E, consequentemente, a farinha também. Eu poderia ter usado a desculpa de que criança anda com a cabeça no mundo da lua, que foi sem querer ou qualquer outra coisa para me livrar da situação. Mas tive a brilhante ideia de encher o pote, antes de farinha, com areia. 

Imagine uma criança desesperada. Bem, não era eu. Naquele momento eu era o desespero personificado. O que falar para minha mãe? Ela vivia uma fase meio Rochelle e eu não queria ser o Chris. 

Entrei em casa como se estivesse pisando em lã, não queria fazer barulho. Caminhei pelo corredor, cheguei na cozinha e deixei o pote de farinha areia em cima da mesa. Minha mãe viu a cena, que era algo normal. Ela ficou feliz, queria farinha! Na mesma hora colocou um pouco de farinha no prato de comida que tinha acabado de fazer para almoçar. 

 — Weiller, o que é isso? 
— Foi sem querer!!! 
— Tira a roupa, liga o chuveiro e me espera lá! AGORA!!! 

Calma. Este poderia ter sido o resultado da situação. P-o-d-e-r-i-a. Corri antes. Fui para a casa da mãezinha. 

—Mãezinha, minha mãe vai me bater.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

DESACELERE!!!

Depois de um período sem escrever por motivos de manutenção no suporte do blog e que ainda não foram resolvidos, resolvi voltar aqui e escrever sobre algo que tem tomado os meus pensamentos: a divisão do tempo com as coisas da vida.


Recentemente fui aprovado na Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) em Letras. Fiquei muito feliz com minha conquista, o curso é fantástico e tem muito a ver comigo. Muita gente não sabe, mas estou concluindo Serviço Social pela Uniasselvi (isso também me levou a me afastar do blog porque estou escrevendo meu TCC). Pra quem já concluiu o ensino superior, sabe que os dias finais são meio conturbados. Comigo não está sendo diferente. Meu plano era: vou terminando meu curso normal e entro na turma de Letras que com certeza será pela manhã, como as anteriores são. Então, meu dia ficaria assim: pela manhã, Letras; pela tarde, trabalho; pela noite, nas segundas, quartas e sextas, trabalho também, e quinta a noite, Serviço Social. Bem, na minha cabeça seria um plano perfeito, haja vista que logo concluiria Serviço Social e seria algo a menos na minha carga horária diária. Mas algumas complicações surgiram...
 
Dia 6 de junho de 2016, às 11h, entro no site do Sisu e vejo meu nome da lista e percebo algo que não tinha notado anteriormente: Letras (Português) "NOTURNO". O chão se abriu. Como conciliar? "Você vai cursando como pode pra não perder a vaga e fica na turma do ano que vem, de manhã", disse um amigo. "Sai do emprego e consiga outro", falou outro. E depois de várias análises e várias opções a seguir, pensei: por que devo abraçar o mundo de uma vez? Eu sou uma pessoa só e o dia tem apenas 24 horas. Tenho 20 anos e mesmo que tivesse 60, por que teria pressa? Será que não sou capaz de tentar ano que vem de novo? Sou capaz sim!

Parece que o ser humano tem a necessidade de querer exercer inúmeras atividades ao mesmo tempo e acaba esquecendo de que não é um robô e que o corpo uma hora se cansa. Muita gente tem dois empregos, curso de inglês, academia, filhos, marido, esposa e outras milhares de coisas a fazer. No final acaba se esquecendo de cuidar de "si próprio". O mais importante é acreditar que se algo não deu certo hoje não significa que você não é bom o suficiente ou que não é capaz, e sim que é mais uma chance de mostrar que você pode fazer de novo e melhor.

Desabafo ou não, quero que repense em como tem divido seu tempo, pois repensei no meu. Já pensou em fazer nada? Sim, isso mesmo... Descansar o corpo e a mente, desacelerar... Ou fazer algo que goste, uma coisa que há tempos não faz... Faça o teste! Você não é obrigado a fazer tudo de uma vez. Há tempo para tudo, é bíblico.


Gostou do texto? Deixe um comentário!!! É importante pra mim. Até a próxima... Qualquer coisa, me chama nas redes sociais.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Quero Entender



A vida é cheia de surpresas. Boas ou ruins, elas acontecem. Ontem recebi um email de Rita, minha amiga e companheira de escrita, com o texto de um tio seu. Ao ler os oito parágrafos eu viajei em infinitas possibilidades, alternativas e compreensões.

INSPIRADORA, essa é essa a palavra certa pra descrever esta obra. Estou fugindo dos "padrões", assim como o último conto publicado. Quero Entender não é de minha autoria. É uma honra publicar algo do gênero aqui. Decidi dividir com vocês. Espero que gostem, assim como eu gostei.  


O mundo passa e com ele eu também. No meu passar vejo o mundo passando, mas não quero eu ficar apenas contemplando. Quero eu ser protagonista de algo nesse passar do mundo, mas não consigo compreender, talvez por que ainda não me compreendi.

O que sou? Um homem voraz impiedoso como eram os caçadores do paleolítico? Ou um homem domesticado preocu
pado com a plantação, criação de animais lactantes e com a criação de meus herdeiros? Sei que me transformei do homem paleolítico para um novo modelo do neolítico. E também sei que isto é essencial para o que sou hoje, afinal todos nós precisamos de uma morada, todos nós precisamos de um porto aonde ancorar nossas certezas, nossas felicidades, nossa arte.

Mas sei também, que guardo em mim, lá no fundo das minhas incompreensões, aquele homem voraz e impiedoso, que vez e outra sempre mostra os seus dentes afiados na face, face até das pessoas que amo.

O que o mundo é? Uma floresta habitada por animais nômades? Uma aldeia que não se firma por muito tempo? Ou uma cidade que resiste aos intemperes naturais e sociais?

O que eu sou? Um homem que busca domesticar seu eu escondido? Ou um que aprende a ser outro por saber o que é mais importante para o seu eu, que já não se basta apenas em sim e precisa transbordar para os demais?

Sei sim, que o mundo que passa tem muito do homem em mim do que posso compreender. Sei sim, que para compreender o mundo preciso compreender primeiro a mim mesmo e nesta compreensão procuro expandir para além de mim. Procurar transformar uma reflexão pessoal em uma reflexão social.

Mais algo vem tomando o meu ser. Minha incompletude me afirma que a razão que me faz pensar e ter certeza, não é suficiente para minhas certezas. Sinto que falta algo, sinto que a razão não é suficiente, parece que ela não está completa, falta algo...

É como a certeza de que a cidade dos mortos veio primeiro que a cidade dos vivos, pois é pensando em guardo nossos entes queridos que passamos a fixar nossas moradas. É na certeza de está-se em um lugar seguro, lugar para vivenciar o amor, a guarda, a alimentação, para dançar, cantar, pintar, modificar a beleza da natureza de acordo com a minha incompletude a fim de entender a si, e assim entender um pouco do mundo. É isso que impulsiona a procurar minhas raízes. É isso que me movimenta a querer entender...


* Marcos André Souza Frazão.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Conto: SAZÕES DE ROMEO

INTROSPEÇÃO

Colados. Selados. Lacrados. Os olhos fechados revelam o abandono das cores do mundo real e a imersão nas fantasias da imaginação. Romeo é jovem. Um peregrino de suas próprias indagações. De tempos em tempos viaja em busca de conhecer o Eu. 
– É chegada a hora de renascer, purificar a mente – dizia Romeo, sem descolar os lábios, sem expressar reações.


DESERÇÃO 

Eram três anos não olhando para trás. A angústia amargava como fel em sua boca. Estava cego, mergulhado em decepções. 
Como um cavalo livre pôs-se a galopar. Era uma decisão sua. Viajar o tempo, reconhecer a vida, em todas as suas sazões. A rapidez poderia ser entendida como fuga. Talvez, quem sabe, um não enfrentamento dos problemas condenados a ele. 
A terra onde vivia era amaldiçoada, recomeços não caberiam ali. Jamais. A intrínseca chance seria a extinção daquele lugar falido, daqueles habitantes desprovidos de coragem. 
Se não foi a escolha correta, nem lamentos lhe acontece. Queria mesmo esquecer, refazer seu contexto e mudar de corpo. Ideia e realidade. 


RATIFICAÇÃO 

Não sabia muito de si para continuar seus planos. Sabia assim, seu nome, sua cor. Precisava de mais, não sabia sua idade. Se conhecer estava além das conquistas corriqueiras da vida. Para o jovem rapaz, era oxigênio. Vida.
Nunca soube o que seria contentamento, apenas que descobriria todos os segredos do mundo, se soubesse primeiro os próprios.
Quem de fato seriam os progenitores?
Perguntas se aglomeravam, e Romeo, se esse era o nome, só conseguia lembrar uma senhora que sempre o cumprimentava com um ramo seco entre os dedos. 


EXPECTAÇÃO

Precisava encontrá-la. Urgentemente ver as portas, procurar lembranças.
O caminho foi tortuoso, mas ali estava. A referência seria uma árvore seca de vários anos, alguns passos à esquerda. Viu-se, então, a casinha simples e misteriosa. Seria seu destino estar preso ao desconhecido?
Seus passos falharam e a senhora sentada o observava. Estender a mão?
Antes disso, seus pés esbarraram em um tronco ao chão e rapidamente levantando-se houve o choque. Um lugar destruído pelo tempo, em destroços de uma casinha. Uma data riscada com ramos secos, grudados em tábuas velhas, o resto, sendo o fim. Romeo, diferente de todos. Sempre foi. Jovem, mas velho nos pensamentos da senhora. Alucinações de um amor proibido.


Mateus Weiller e Ana Rita Serafim

segunda-feira, 25 de abril de 2016

SOLIDARIEDADE (Corrente Solidária + Entrevista com Taynara Souza)

Não existe um termo específico que caracterize a palavra SOLIDARIEDADE. Bondade, cuidado, caráter, índole, amor, compromisso, companheirismo, ajuda, irmandade, caridade... Todas estas palavras podem ser corretamente usadas. É fácil discorrer inúmeros parágrafos com sinônimos para algo mais que necessário na sociedade de hoje. Mas, infelizmente, o fato de ser essencial não o transforma em realidade, pelo menos não em grande maioria.

A disparidade das condições de vida que as pessoas levam ainda é gritante. Uma grande parte com pouco, outra com excessos. Uma sociedade deficiente, que prefere não enxergar a vulnerabilidade de muitos. “Fome” parece ser assunto do início dos anos 2000, mas é tão comum quanto naquela época. E não precisamos ir tão longe, como na África, por exemplo. Você já parou pra pensar que talvez, quem sabe, o seu vizinho pode estar passando por maus bocados? E aquele parente que mora em outro bairro, tem notícias dele?
 - Mas Weiller, eu sempre dou moedas para moradores de rua, principalmente aqueles que ficam nas portas das lojas, como aquele senhor que sempre está em frente o Paraíba Magazine.

Certo, mas só tenho uma pergunta para lhe fazer: você já parou pra desejar pelo menos um bom dia? Uma palavra de ânimo, um simples olhar...? O alimento sustenta o corpo físico, mas e a alma, o coração...?

Taynara Souza, uma jovem de 20 anos, sentindo a necessidade de fazer algo pelas pessoas carentes e vulneráveis em Marabá, transformou seu desejo em algo maior, algo que começou a envolver mais pessoas no intuito de ajudar o próximo. Foi então que com amigos e conhecidos a marabaense fundou o grupo Corrente Solidária. Como ela mesma diz, o objetivo é ajudar sem firmar compromisso com religião, políticos, empresas ou troca de divulgação.

Com uma organização impecável, todas as famílias ajudadas são cadastradas para que se possa ter um controle, assim como nos programas do governo. As reuniões para discutir os dias das ações geralmente são feitas uma vez por semana. A cada dia que se passa o número de pessoas interessadas em ajudar cresce. Não só uma forma de contribuir com a sociedade marabaense, o Corrente Solidária é uma forma de transformar pessoas normais em cidadãos solidários.
 - Me diga, Weiller, com conheceu todo esse projeto?

Jhulia Braina, uma amiga que conheço desde quando me entendo por gente nesse mundo, me enviou uma mensagem perguntando se eu teria roupas para doar. Curioso, questionei sobre o que se tratava e, a partir daí, iniciamos uma longa conversa. Ela me apresentou o Corrente Solidária. Não só pelo fato de estar concluindo serviço social, mas me senti na necessidade de fazer parte e somar com todas as outras pessoas do grupo. A página oficial no Facebook é o veículo que informa a sociedade das ações e de como ajudar indiretamente. 




Parte do grupo em uma ação


Ação de Páscoa


A seguir, uma entrevista com Taynara. Ela, melhor que ninguém, pode explicar melhor sobre o grupo.

Psicologicamente: Como e quando surgiu o grupo?

Taynara Souza: O Corrente Solidária surgiu oficialmente no dia 29/02/2016 quando conheci duas pessoas no qual me fizeram criar o grupo. Pois até então eu realizava as ações sozinha, de maneira individual.

Psicologicamente: Qual motivo levou você a tomar a iniciativa?

Taynara Souza: O que me levou a tomar essa atitude foi ver tantas pessoas vivendo situações difíceis, sendo que eu sabia que tinha como ajudar de alguma forma. Inicialmente comecei fazendo ações pequenas com o grupo de jovens da igreja católica do Novo Horizonte, o Segue-me. Fizemos ações no Lar São Vicente de Paulo, sopão solidário... Porém, eu queria mais,queria ajudar mais e comecei a realizar ações.

Psicologicamente: Há quanto tempo vocês estão juntos nesse trabalho?

Taynara Souza: Temos pouco tempo juntos no Corrente Solidária,  mas já fizemos grandes ações na cidade em prol de nossas famílias carentes.Já beneficiamos mais de 700 pessoas nesses dois meses de atuação.

Psicologicamente: Quantas pessoas estão envolvidas?

Taynara Souza: O grupo hoje tem cerca de 90 integrantes, mas nem todos estão ativos diretamente. Podemos então dizer que temos cerca de 50 amigos solidários ativos.

Psicologicamente: Quais os tipos de atividades que o grupo tem exercido?

Taynara Souza: O grupo hoje vem atuando ativamente na cidade de Marabá, através do cadastro de famílias carentes o qual já temos mais de 100 famílias cadastradas, realizando caldos solidários, distribuição de cestas básicas, e buscando sempre dar o apoio que as famílias precisam, e de modo individual também.

Psicologicamente: De forma pessoal, como todo esse trabalho influencia sua vida?

Taynara Souza: Olha, a recompensa desse trabalho vêm em forma mais de sorrisos, olharese até mesmo lágrimas. É um enriquecimento da alma. Passei a valorizar mais o que eu tenho. É como diz a frase do grupo: “É na solidariedade que aprendemos grandes lições”. E eu posso dizer com plena certeza que a casa gesto simples eu aprendoe enriqueço mais a alma e cresço como pessoa também.


Que ajudar? Entre em contato comigo ou com Taynara pela página no Facebook. Seja solidário.  Afinal, com a solidariedade aprendemos grandes lições.